terça-feira, 23 de julho de 2013

A VISITA PAPAL



Muito ouço ultimamente sobre a visita do Papa ao Brasil para a Jornada da Juventude e muitos a que vejo estão em desacordo com os investimentos públicos injetados nesta visita. Pesquisando sobre o assunto  lí que o Governo Federal investirá 62 milhões de reais  na segurança haja visto o número esperado de pessoas que superlotarão os locais  por onde Vossa Santidade ira percorrer, e como bem sei é dever do governo garantir a segurança de qualquer individuo visto que se trata também de um Chefe de Estado o Vaticano e  do líder maior da Igreja Católica, apesar de que muitos se esquecem disto, e num momento em que dizem os brasileiros estarem tentando resgatar a dignidade. No mesmo artigo lí que a cidade do Rio de Janeiro investira 56 milhões sendo 1 milhão destinado apenas para a visita que o Papa fará ao Santuário de Aparecida ( SP), e que as estimativas de que com as inscrições dos jovens para a jornada a igreja católica arrecadará 140 milhões investidos também nesta visitação (?).  Muito se fala no que os cofres públicos injetaram e muito pouco no que arrecadará, ontem 22/07 pesquisei em jornais pela web onde economistas preveem uma arrecadação de mais de 1 bilhão com esta visita. Em pequenos municípios, que não geram mais receitas com eventos turísticos, nós de pequenos municípios perdemos a noção do qual importante é o turismo pois nossos hotéis, bares, lanchonetes e restaurantes andam sedentos por clientes, esquecemo nos de que postos de gasolina, agencia de viagens, guias turísticos enfim muito se investe e se arrecada para a chegada aos locais que promovem eventos turísticos, mesmo aquele pouquinho gasto nos salões de beleza pode gerar um dinheirinho para os menorezinhos municípios.  Mas fingimos não estarmos ligados diretamente com tais eventos. Convenhamos que o  problema não esta na visita do Papa mas sim nos políticos corruptos que se aproveitam de qualquer possibilidade para subtrair os cofres públicos. Para mim  que venho de uma origem católica respeito tal evento como respeito outro qualquer mesmo consciente de que padres, papas, políticos e pastores lucram com a fé alheia, e que desconheço outra religião que seja mais humana que a católica e que cada comentário positivo ou negativo pode vir de um interesse pessoal, então mesmo descrente do que move este público prefiro visualizar a fé que os alimenta, mostrando sim que é possível nos acolhermos como irmãos e porque não, meu maior exemplo foi minha avó que morreu pobre num hospital público mas que jamais perdeu a fé, algo que  a alimentava. Temos sim que lutar por um pais justo, por condições de vida melhores, mas também não perdemos a fé em coisas simples, até hoje ninguém me provou haver deuses ou Deus diferente  como também não provaram não haver nenhum.  Gostaria sim de poder sentir a fé no ser humano, eu recentemente senti um contentamento tão grande em ver um artista que admiro por que então debochar de quem vai em busca de sua fé, de quem investe nas suas crenças. Eu há muito deixei de fazer por mim  de acreditar em mim.  E sinto falta da força que me projetava pro futuro a qual por ignorância me afasto vez em quando, o nome desta força cada um nomeia como quiser eu prefiro chamar de Deus. Condeno uma hipocrisia não mais velada que mesmo que virtualmente particularmente  compartilho em meus desabafos parte do que vejo, do que gosto,  do que escrevo, do que ouço, desejo,  converso, anseio enfim do que eu reflito do que vivo.





quarta-feira, 19 de junho de 2013

MANTENDO O FOCO

 
 
Durante o intervalo pro café de todas as tardes no meu setor de trabalho paulatinamente venho conversando com alguns companheiros do setor e observo a postura de cada um no intuito de forma minha opinião dentro do que cada um relata sobre os assuntos que sempre se afunilam para o que envolve religiosidade e homossexualismo. É sempre bom discutirmos os assuntos que estão na mídia como a Lei do trabalho domestico, a inserção infantil nas escolas e agora sobre as manifestações que não mais isoladas pelo engajamento social que vem adquirindo, proveniente de insatisfações em todas as esferas politicas s quais querem denominar apenas como insatisfação presidencial fingindo não ser com eles também pois os envolvidos pedem com ênfase maior uma reparação na saúde e educação publica. Tais movimentos estão rompendo com tradições e ampliando direitos coletivos, sem que haja represálias em contrapartida, como disse, o assunto da vez chegou ao homossexualismo associado ao nome de um certo deputado de certo partido  que agora esta bem conhecido graças ao fundamentalismo religioso que há séculos entrava a extensão da cidadania, haja visto o que aprendemos sobre a historia da humanidade. Este deputado/pastor se utiliza de homossexuais jogados na clandestinidade pois estão sem saúde e sem estudo servem como exemplos para discussões e projetos de abutres da vida alheia. Até hoje não entendo como o que um homossexual faz ou quem ama pode  interferir na vida destes desgraçados "cidadãos", como um estilo de vida que não foi escolhido pode ser tratado por doença, serve pra maus profissionais fingirem tratar como o fazem com tantas patologias q levam a depressão e morte do cidadão, tudo pelo dinheiro, mas na realidade no fundo se trata só disso, também não é  pras religiões tratarem com trechos bíblicos que abordado pelas bocas de religiosos de merda se tornam obsoletos num universo que luta pela igualdade de direitos, abutres manipuladores da fé cega que se aproveitam do passado  pra induzirem uma violência gratuita, acredito que se vivêssemos tal qual o  Livro Sagrado induz estes  seriam condenados a estarem fora do Reino de Deus, segundo  Romanos pois se trata de imorais, enganadores, ladrões e racistas.
 Respeito é bom e como vi num cartaz hoje na Tv aberta  não há cura onde não há doença, com projeto ou sem projeto  trabalho pelo respeito ao ser humano e não me comoveria se uma bala perdida fosse de encontro a todos aqueles que incitam a violência seja ela de qualquer natureza. Pois nos tempos de hoje já não se jogam mais pedras.
 
 
 

segunda-feira, 17 de junho de 2013

A ESPERA DE UM MILAGRE

 
Uso do título deste maravilhoso filme  ambientado em 1935, para comentar alguns fatos recentes que vem sendo falado nos botecos dos munícipes de minha cidade.
1. A solidariedade para com integrantes do conflito entre passageiros e empresas de ônibus de SP. ( Como se há anos uma única empresa não dominasse o transporte coletivo de nossa cidade onde por R$ 3,20 se percorre mais de 20 km  aqui por 2, 60 se percorrer menos da metade). tenha dó
2. A curiosidade em se adquirir um vídeo intimo de um casal de nossa sociedade,.( como se o que fizeram e fazem fosse novidade entre casais modernos). 
3. A insatisfação politica com uma presidente que nada mais é que o reflexo de nós mesmos.
4. Ao mesmo tempo todos numa hipocrisia instalada, deparo me com 80% dos televisores ligados no futebol. ( afinal vamos vibrar com o topetinho de mais de 1.000,000.00).
5. A fundação de igrejas e mais igrejas num município de menos de 7.000 hab. (será que precisamos de  15, as quais me lembro de denominações de igreja ?). Imagina quanto de dizimo não pagaríamos se fossemos em todas?
6.  A vida pessoal de autoridades . (Bem isso já é comum desde que me compreendo morador de uma "cidade")
7 .  A nova novela das nove... Bicha má.
 Bem se eu pudesse  reescreveria uma nova versão sobre  as sete trombetas do Apocalipse.

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

13º SALÁRIO - O CÃOS INCOMPREENDIDO



Eis que chegou a vez dos pequenos municípios sofrerem a famosa crise econômica e isto pelo que se vê se refletirá no presente oferecido desde 62, o nosso tão esperado e sonhado 13º salário.
            Tudo indica que da mesma forma que os grandes municípios agiram com demissões os pequenos municípios tambem o farão , terão que reduzir sua folha de pagamento para efetuarem as pendências do ano. Segundo justificativas dos prefeitos, desde que o governo brasileiro estimulou a redução dos IPS (imposto sobre produtos industrializados), isto provocou a redução das quotas do Fundo de Participação dos Estados (FPE) e do Fundo de Participação dos Municípios (FPM),  Não deixando outra alternativa que senão dispensar servidores. É claro que preservando o emprego dos efetivados por concurso público. Isto os deixa numa sinuca de bico, pois tem a famosa lei de responsabilidade fiscal com esta queda da receita. Coitadinhos dos prefeitos, que, certamente, devem estar desesperados neste final de mandato por não terem, sequer, condições de pagar o 13º salário.

terça-feira, 19 de junho de 2012


18 ANOS.
Ser maior de idade não é mole. Com dezoito anos, me tornei independente,  adquiri responsabilidades em diferentes ambientes e da mesma forma como olho para trás vejo o quanto cresci, posso olhar minha história e me orgulhar por fazer parte de um grupo seleto de pessoas que conseguiram ser reconhecidas como pessoas sérias e de confiança. Durante minha trajetória, me envolvi, surpreendí e fui surpreendido por todos que me acompanharam. Mesmo tímido fui considerado direto, cruel, mas justo nas convicções. No dia 2 de junho alcancei minha maioridade, longe de ser o rapazinho sonhado por meus pais, mas seguro de minha história, seguro de minha posição na sociedade e ciente da missão e do trabalho que ainda devo desenvolver.
E é com essa consciência que vejo este dia, não como um momento a ser parabenizado porque nasci dia 13 de julho de 71, mas é uma data que me pôs a refletir, porque nesta data, na Cidade Industrial de Contagem ,registrou-se o óbito de Maria de Souza Paes falecida no Hospital Santa Helena  no dia 02 de junho de 1994, às 1:30 horas. Noite em que desesperado por visitar a pessoa que me ensinou tudo o que narrei acima, ter o caráter e acreditar no que acredito ser o certo.  Uma visita dolorosa em ver aquele pessoa que me criou sofrer de senilidade, mas que nem por isto deixou de demonstrar sentir minha presença ao apertar minha mão como antes não fizera a ninguém, foi um aperto de despedida,  um aperto doloroso que me levou a pedir a Deus naquele momento o descanso, para aquela a quem amei tanto e não merecia estar naquela situação, um pedido atendido à 01h30min, momento não menos doloroso como este em que as lembranças embargam as  lágrimas  neste momento de desabafo.  Atualmente em minha mãe senti o jeito firme da matriarca que deixou 8 filhos com personalidades distintas, mas compromissados com a família,  Gabriela uma mulher de alma serena, generosa, Maria uma mulher rígida com os filhos e que mesmo doente não deixava de trabalhar pra ajudar o marido e os filhos, Margarida outra mulher talhada no trabalho agropecuário de Roraima, Afonso, falecido no in´cicio deste ano foi um homem de fé, humano, trabalhador, exemplar a todos que o conheceu e na data de hoje 17 de junho veio a óbito minha tia Geralda que se tornou uma mulher distante desde a perda por suicídeo de uma filha, vitimada pelas dores do amor não correspondido. Daí hoje vivos meus outros tios Francisco por ciúmes tornou-se um filho diferente porém  zeloso com a própria família, João Bosco o caçula  com todas as qualidades que a situação lhe ofereceu, hoje consigo ver as lágrimas da perda dos irmãos. Por fim minha mãe, a quem hoje devoto meus cuidados por que é assim que tem que ser mesmo sem entender os por quês.
O bom é ser inteligente e não entender.

segunda-feira, 7 de maio de 2012

PERTENCER



Um amigo meu, médico, assegurou-me que desde o berço a criança sente o ambiente, a criança quer. Tenho certeza de que no berço a minha primeira vontade foi a de pertencer. Por motivos que aqui não importam, eu de algum modo devia estar sentindo que não pertencia a nada e a ninguém. Nasci de graça. Se no berço experimentei esta fome humana, ela continua a me acompanhar pela vida afora, como se fosse um destino. A ponto de meu coração se contrair de inveja e desejo. Exatamente porque é tão forte em mim a fome de me dar a algo ou a alguém, é que me tornei bastante arisca: tenho medo de revelar de quanto preciso e de como sou pobre. Sou, sim. Muito pobre. Só tenho um corpo e uma alma. E preciso de mais do que isso. Com o tempo, sobretudo os últimos anos, perdi o jeito de ser gente. Não sei mais como se é. E uma espécie toda nova de "solidão de não pertencer" começou a me invadir como heras num muro. Se meu desejo mais antigo é o de pertencer, por que então nunca fiz parte de clubes ou de associações? Porque não é isso que eu chamo de pertencer. O que eu queria, e não posso, é por exemplo que tudo o que me viesse de bom de dentro de mim eu pudesse dar àquilo que eu pertenço. Mesmo minhas alegrias, como são solitárias às vezes.  É como ficar com um presente todo embrulhado em papel enfeitado de presente nas mãos - e não ter a quem dizer: tome, é seu, abra-o! Não querendo me ver em situações patéticas e, por uma espécie de contenção, evitando o tom de tragédia, raramente embrulho com papel de presente os meus sentimentos. Pertencer não vem apenas de ser fraca e precisar unir-se a algo ou a alguém mais forte. Muitas vezes a vontade intensa de pertencer vem em mim de minha própria força - eu quero pertencer para que minha força não seja inútil e fortifique uma pessoa ou uma coisa. Quase consigo me visualizar no berço, quase consigo reproduzir em mim a vaga e no entanto premente sensação de precisar pertencer. Por motivos que nem minha mãe nem meu pai podiam controlar, eu nasci e fiquei apenas: nascida.  Eu nem podia confiar a alguém essa espécie de solidão de não pertencer . A vida me fez de vez em quando pertencer, como se fosse para me dar a medida do que eu perco não pertencendo. E então eu soube: pertencer é viver. Experimentei-o com a sede de quem está no deserto e bebe sôfrego os últimos goles de água de um cantil. E depois a sede volta e é no deserto mesmo que caminho!
 Assim estou me sentido como Clarice.