terça-feira, 19 de junho de 2012


18 ANOS.
Ser maior de idade não é mole. Com dezoito anos, me tornei independente,  adquiri responsabilidades em diferentes ambientes e da mesma forma como olho para trás vejo o quanto cresci, posso olhar minha história e me orgulhar por fazer parte de um grupo seleto de pessoas que conseguiram ser reconhecidas como pessoas sérias e de confiança. Durante minha trajetória, me envolvi, surpreendí e fui surpreendido por todos que me acompanharam. Mesmo tímido fui considerado direto, cruel, mas justo nas convicções. No dia 2 de junho alcancei minha maioridade, longe de ser o rapazinho sonhado por meus pais, mas seguro de minha história, seguro de minha posição na sociedade e ciente da missão e do trabalho que ainda devo desenvolver.
E é com essa consciência que vejo este dia, não como um momento a ser parabenizado porque nasci dia 13 de julho de 71, mas é uma data que me pôs a refletir, porque nesta data, na Cidade Industrial de Contagem ,registrou-se o óbito de Maria de Souza Paes falecida no Hospital Santa Helena  no dia 02 de junho de 1994, às 1:30 horas. Noite em que desesperado por visitar a pessoa que me ensinou tudo o que narrei acima, ter o caráter e acreditar no que acredito ser o certo.  Uma visita dolorosa em ver aquele pessoa que me criou sofrer de senilidade, mas que nem por isto deixou de demonstrar sentir minha presença ao apertar minha mão como antes não fizera a ninguém, foi um aperto de despedida,  um aperto doloroso que me levou a pedir a Deus naquele momento o descanso, para aquela a quem amei tanto e não merecia estar naquela situação, um pedido atendido à 01h30min, momento não menos doloroso como este em que as lembranças embargam as  lágrimas  neste momento de desabafo.  Atualmente em minha mãe senti o jeito firme da matriarca que deixou 8 filhos com personalidades distintas, mas compromissados com a família,  Gabriela uma mulher de alma serena, generosa, Maria uma mulher rígida com os filhos e que mesmo doente não deixava de trabalhar pra ajudar o marido e os filhos, Margarida outra mulher talhada no trabalho agropecuário de Roraima, Afonso, falecido no in´cicio deste ano foi um homem de fé, humano, trabalhador, exemplar a todos que o conheceu e na data de hoje 17 de junho veio a óbito minha tia Geralda que se tornou uma mulher distante desde a perda por suicídeo de uma filha, vitimada pelas dores do amor não correspondido. Daí hoje vivos meus outros tios Francisco por ciúmes tornou-se um filho diferente porém  zeloso com a própria família, João Bosco o caçula  com todas as qualidades que a situação lhe ofereceu, hoje consigo ver as lágrimas da perda dos irmãos. Por fim minha mãe, a quem hoje devoto meus cuidados por que é assim que tem que ser mesmo sem entender os por quês.
O bom é ser inteligente e não entender.