segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

2011 ?


Aguardado por muitos o ano de 2011 está na soleira de nossas portas, aguardando apenas 5 pores do sol para adentrar em nossas vidas, mas e aí? em cada final de ano vem os balanços de saldos positivos e negativos em nossas vidas, se analisarmos o que fizemos de bom dependendo do ponto de vista do expectador chegaremos a conclusão de que não atingimos o ponto máximo, ao contrário do que fizemos mal, onde com certeza atingimos um saldo bem superior. É óbvio que as genaralizações não estão ocorendo na vida de todos. Ontém domingo assistindo há um programa jornalistico tradicional, passou uma reportagem sobre o homem mais rico do mundo onde entre uma das suas principais regras é não dar crédito a opiniões alheias, aprender a lidar com as pessoas e jamais fazer dívidas... rio muito da última pois dentre várias esta é a que eu realmente jamais conseguirei fazer, quer dizer lider com as pessoas também acho bem intrigante, vou incluir nas metas de 2011, 2012, 14 acho que já dá pra eu ficar rico. Continuando meu balanço cheguei a conclusão de que estou investindo muito mal meu tempo. Novidade! minha vida financeira está um cáos será que além deste milionário tem alguém mais fora deste contingente? Minhas relações amorosas passaram a ser frívolas, a relação familiar cada dia mais estreita e os amigos então cada um tomando rumos paralelos a não ser os amigos iguais a personagem Gabriela de Jorge Amado que nasceu assim, cresceu assim e vai ser sempre assim. Vou tentar estabelecer além das metas para me tornar um milionário, sair um pouquinho deste marasmo que minha vida vem se tornando porque a última coisa que quero e me tornar um velho caduco e resmungão... Ah ainda sem esquecer que para alguns no dia 21 de Outubro será o fim do mundo segundo o livro de Gênesis e entendendo esta matemática segundo Pedro um dia para Deus equivale a 1000 anos que projetados chegaremos a 2011 a partir da data do dilúvio que foi em 4990 AC. Incrivel né mas até lá vamos ver no que vai dar. O que não se pode é deixar mos a vida correr achando que o fim esta próximo de acontecer porque pra muitos nem em 2010 vão terminar.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Até Que o Dia Amanheça.


Oswaldo, um homossexual de 40 anos logo aos 18 apaixonou-se pelo “heterossexual” Gustavo que desfrutou desta paixão de todas as formas possíveis e inimagináveis para as cabeças convencionais de nossa sociedade porém, seu dilema teve início quando por ingenuidade expressou sua felicidade a um amigo chamado Deir que por sua vez, já era um homossexual mais velho e por pertencer a uma família tradicional da sociedade tupiniense ciente desta informação procurou aproximou-se da família de Gustavo e de sua noiva Alice procurando tornar-se grandes amigos e desfrutar também de sua atenção. Gustavo casou e mesmo assim seu relacionamento com Oswaldo continuou igual , até que com esta aproximação entre Deir e Gustavo provocou a desconfiança não comprovada de um suposto envolvimento entre eles, o ciúme, as cobranças de Oswaldo fizeram com que o relacionamento se esfriasse, cansados desta situação, numa conversa Gustavo negou e ainda nega qualquer envolvimento físico com Deir por fim decidiram pelo afastamento emocional que perdurou por treze anos consecutivos ao contrário da amizade de Deir por Gustavo que como por encanto esta também se desfez. Com o passar dos anos, solitário, eis que surge em sua vida Fernandinho, um rapaz alto, bonito, que provocou de imediato o interesse coletivo de todos do grupo e das garotas da cidade, ele fora apresentado por um amigo homónimo de Oswaldo, ele praticamente se deslocava de sua cidade para Tupiniquim todos os finais de semana, até que cansado do ir e vir começou a permanecer por mais tempo na cidade e na casa de Osvaldo e assim com esta maior aproximação Oswaldo mais uma vez foi se entregando ao encantamento da paixão, sempre ciente da impossibilidade de uma retribuição, foi deixando o sentimento florescer e as coisas acontecerem a seu tempo, até que Fernandinho engravidou uma garota, se casou, mas não mudou de comportamento junto ao grupo, até mesmo para com Deir que chegou para se aproximar de Fernandinho a promover vários churrascos para os seus pais na cidade em que moravam, usando uma tia de Fernandinho como desculpa pr aesta amizade. Conformado e ciente de que Fernandinho não gostava de ninguém, de que gostava de ser livre mesmo estando casado, Oswaldo guardou para si belas e exclusivas lembranças que apenas seu quarto servirá como testemunha, fora as fotografias das intimidades a sós ou compartilhada com seus amigos. Até hoje quando vê ou revê fotos Oswaldo trata Fernandinho como marido por estes momentos, até então, era o que tinha tido do mais próximo deste termo; Ricardinho sempre com suas frases peculiares ao ouvir Oswaldo tecer qualquer comentário neste sentido dizia “ah bicha! Seu Marido? Ele era de todo mundo". Talvez por ciúmes, deboche, ou traze-lo a realidade lhe faltou a sensibilidade que também retiraram desde a juventude de Oswaldo, e por ironia do destino Ricardinho vive hoje uma história semelhante só que explicitamente. Assim mais uma vez e sem poder sonhar continuou, hoje com um, outro amanhã, daí generosa como só a vida lhe apresentou uma das faces mais cruéis do amor, da aproximação por interesse financeiro, o carinho em troca do bem material; mesmo querendo fugir da realidade ele tentou vivenciar de forma intensa aquele momento, amando, fingindo ser amado mesmo com os atributos físicos atacados pela ferocidade da idade, fez-se parecer jovem, se sentia jovem, já sem os cabelos que emolduravam sua pele lisa, fez da calvície sua marca, até que um dia, inesperadamente soube que Zeus o homem amado andava frequentando a cidade vizinha de Santana dos Antas junto de outros homossexuais de poder aquisitivo superior ao de Oswaldo, com isto mais uma vez seu castelo de sonhos se desfez. Ainda hoje ele continua em busca do eldorado ouvindo, lendo algo que lhe convença de que a esperança deve perseverar, que se deve aproveitar cada momento e esquecer que amanhã é outro dia, que tem de se viver o agora, mas quando se lembra das vezes que assim o fizeste, as surpresas do dia seguinte foram dolorosas , quase insuportável, se não fosse a carapaça forjada pelas dores de cada experiência, do arrependimento de ter feito algo que a provocou, tenta hoje sofrer menos, pois no passado confiava demais, se doava demais, obteve também traições em demasia, passou a observar o individualismo e a conviver com a segurança de que poderá a qualquer momento levar uma punhalada brutaniana com tudo e todos que o cerca, mas que há um anestesiante, e observa que hoje para se ter a pessoa desejada, amada por algumas horas perto de si, deve-se estar munido de um sem limites cartão de crédito até que o dia amanheça...