terça-feira, 30 de agosto de 2011

VERDADE E FIRMEZA.

Retornando lá atrás, na minha oitava séria, me veio a mente este conceito maravilhoso de Ghandi, Satyagraha, não que este momento que vivo se equivalha ao conflito indiano vivido por ele,mas há um momento que vem passando meu coração. Problemas familiares não faltam, mãe com a Bacia quebrada, irmã divorciada, dívidas que só fazem crescer, parentes problemáticos e amigos que procuram conflitos onde não tem. Tudo se torna cômico depois que passa, menos as marcas que permanecem cravadas em minha memória despertando sensações que julgo pertencer a pessoas pequenas e de má índole. com isto observo que ao mesmo tempo em que aquela mulher que usava as mãos para me bater amarrado a uma estaca na varanda da antiga casa, hoje é a mesma que é conduzida por mim para realizar suas necessidades mais básicas. Observo que uma irmã que se dizia ter casado para sair do martírio que era sua convivência comigo hoje pede meu apoio, que eu a receba de braços abertos como se eu pudesse fazer de outra forma. Os amigos, há se eu apenas os considerasse assim! São todos meus filhos, anjos e demônios, santos ou rebeldes eu os trato de forma individual ou no coletivo de acordo com a necessidade do momento, não desejando ser considerado apenas o melhor amigo mas me fazendo de conciliador, dizendo ou fazendo o que é preciso favorecendo o crescimento de cada um numa visão estritamente pessoal. Mas hoje com o passar do tempo e das responsabilidades abraçadas por mim, sinto que minha base esta se rompendo, sinto que minha energia esta se esgotando, me vejo desfazendo do tempo para ocupar me com frivolidades, pois estas exigem pouco de mim e me servem de camuflagem. Cobram me a diplomacia acadêmica, cobram me a atitude de deixar meu emprego pra buscar outras possibilidades, cobram me usar a criatividade todo o tempo, cobram me posturas que não condizem comigo, cobram me por opiniões que são colocadas em minha boca por outras ou deduzidas simplesmente pelo achado alheio. Eu não sei mais onde ficar ou sequer sei pra onde ir, sinto uma necessidade tão grande de obedecer ordem e com ela ter a segurança pra apoiar as colunas desta suposta fortaleza. Busco na literatura ou em neologismos o exemplo para meus sentimentos, não que faça deste momento um momento piegas e sim um momento que encontrei para expressar minhas sensações, como eu estou, como minha "alma" esta chorando em silencio.


Um comentário:

  1. Fadigante!

    Sinto isto constantemente, é como se estivéssemos sendo sufocados pelas responsabilidades as quais nossos braços conseguem alcançar, e das outras que nos são impostas sem ao menos saberem se temos forças para cumpri-lás e/ou resolvê-las.
    Por isto que lestes um texto chamado até quando certa vez.

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