quinta-feira, 1 de setembro de 2011

EFEITO DOMINÓ

Lendo um artigo do meu amigo Tibúrcius sobre um professor que utiliza o corpo comercialmente me veio a mente o contato que tenho com professores e são vários. Os que se tornam contatos mais comuns e íntimos é o que justifica minhas indagações. Em momento algum observo que eles falam em se prepararem intelectualmente, mas sempre falam de suas decepções emocional ou sempre mal do colega. Não os vejo falarem além da remuneração da condição afetiva que tem junto aos alunos; antes meus professores me conheciam se envolviam com meus problemas tanto que me tornei amigo de alguns. Não os ouço falarem na infra estrutura da escolas mas que com a introdução tecnólógica ficou fácil utilizar os computadores é mais rápido, esqueceram se de que em cada virada de página de um livro é algo novo que se aprende. Será que assim os alunos se sentem motivados? Preparados? Bateu uma saudade da minha época em que participava de grupos de trabalho. Ainda hoje enquanto escrevo converso com uma colega de trabalha que veio repor material hospitalar, pude observar sua postura e vou além, quantos não trabalham em setores diferentes só pra terem um dinheirinho a mais! Vejo alunos de enfermagem dando aula de biologia, vejo engenheiros dando aula de Língua Portuguesa , entre tantos outros exemplos, é claro que nada impede uma pessoa de obter uma renda extra, mas o que impede de ser na área escolhida de acordo com seus dons? Eu pego direto em panfletos onde universidades promovem cursos técnicos para professores, ouço sempre sobre a procura dos cursos que rendem mais dinheiro. Muitos amigos dizem não querer ser professores pelo baixo salário mas na falta de outra coisa vão para dentro da sala de aula, ensinar. Esta liberdade existente acaba provocando uma libertinagem total no ensino, afinal por dinheiro fazemos qualquer sacanagem.
Fui um aluno que fazia o mínimo para ser aprovado, mas nunca fui passivo em explorar algo fora do universo escolar e é por isso que gosto da minha profissão. Hoje após ter passado por quase todos os setores do departamento em que trabalho, não me prendo as questões teóricas pois é bem diferente da prática, mas como outras profissões não objetivei o lucro quão idiota eu sou mas hoje descanso da grande demanda de minha profissão. Estudei numa época em que os alunos eram educados para seguir suas emoções com a tranquilidade e serenidade necessária, não fui dado a resolver os problemas de matemática mas só o irresoluto perto de mim fica sem solução. Passo com 60% em todas as provas que tenho na vida, rejeições, angustias e dificuldades, como no atual momento. A maioria dos amigos que fiz no meu período escolar, integraram o ensino no seu estilo de vida, adquiriram o conhecimento, agem com uma visão de totalidade diferente dos que se formam hoje, onde não observo a distinção entre o pessoal e o social e vejo sinceramente que mesmo aumentando o salário da maioria dos profissionais da área educacional, eles se proporão a se prepararem para uma educação de qualidade, não é só por uma questão estrutural, mas humana. Todos que me conhecem sabem da minha total ignorância técnica nos assuntos os quais abordo em meus textos, como este, mas como qualquer ser pensante e principalmente falante, me expresso sempre provocando o pensamento favorável ou não do leitor ou do ouvinte, nas regras da língua portuguesa aprendi a falar e muitas vezes dialogar, acho que com isso colabora com minha capacidade de pensar.








Um comentário:

  1. Como disse faltam um pouco de luz nos olhos, de sorriso espontâneo, mas deve se levar em consideração se estão satisfeitos com a nova metodologia, com o que lhes impõe o governo, as regras das escolas, as cobranças da sociedade e o desinteresse dos alunos.

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